quinta-feira, 5 de julho de 2007

Qual o facto do ano ?

Lista de factos a premiar !!!
Desta lista poderá sair o facto do ano!!!

1. Do discurso de José Sócrates aos imigrantes:
«uma palavra de confiança, de confiança em vós, de confiança nas vossas famílias e a certeza de que cada um de vós dará o seu melhor para um país mais justo, para um país mais pobre (...)». Uma falha que pode ter feito emergir as verdadeiras preocupações, apesar da habitual boa preparação dos discursos.

2. Mário Lino referiu o deserto na margem sul do Tejo como argumento para justificar a construção do NAL (novo aeroporto de Lisboa) na OTA. «Jamé» será construído na margem Sul. Teimosia arrogante e petulante.

3. Almeida Santos, acabou por reforçar a posição de Mário Lino quanto à localização do NAL, dizendo que as pontes sobre o Tejo podem ser destruídas por atentado terrorista. Quem não tem melhores argumentos dá o que tem!

4. O professor Fernando Charrua da DREN, por dizer uma graçola referindo o «Eng» Sócrates foi suspenso e alvo de um inquérito disciplinar, pela sua chefe, Margarida Moreira, que fora informada por um SMS enviado por um jovem socialista. A dedicação extrema ao chefe pode dar exageros, prejudiciais a este.

5. A D. Margarida Moreira foi recompensada pela sua dedicação ao líder do partido, pela pronta actuação disciplinar sobre Charrua. Parece que o autoritarismo esqueceu o bom senso e a moderação.

6. Rápida demissão de Maria Celeste Cardoso, directora do Centro de saúde de Vieira do Minho, por não ter retirado um papel com uma graçola de um médico acerca de palavras ditas algum tempo antes pelo próprio ministro da saúde, provavelmente em tom jocoso, e ter sido denunciada por um dos bufos do PS. Há maus prenúncios no horizonte.

7. Substituição da directora Maria Celeste Cardoso por um quadro do PS, de absoluta confiança e devoção ao líder do partido, certamente, tendo já passado por um ciclo de testes de fidelização. Recorde-se que ela é do PSD. Há regimes que dão prioridade ao total controlo da estrutura da administração pública, evitando os democráticos concursos públicos!

8. A coordenadora da Sub-região de Saúde de Castelo Branco, com pias intenções, segundo ela disse, violou a privacidade de correspondência dos seus colaboradores, usando um autoritarismo anti-constitucional e anti-democrático. Sem a Pide nem Legião Portuguesa do tempo da outra senhora, o ambiente não está a ficar menos tenso. Onde iremos parar?

9. O ministro da saúde, ao ser-lhe apresentado um saco com 1.700€ de medicamentos sobrantes, sugeriu que sejam distribuídos aos doentes, sem perceber que a maioria, senão a totalidade, teriam já passado o período de validade. Acabou por dizer que fora uma frase jocosa. Como é? A Drª Maria Celeste Cardoso, foi substituída devido a uma frase jocosa, e o ministro fica Iimpune?

10. O ministro da Agricultura e Pescas disse aos pescadores de Matosinhos que quem não estivesse satisfeito com o governo que fosse embora, que mudasse de país. Será que se pretende que o deserto de Mário Lino vai expandir-se da margem sul do Tejo e vai alastrar a todo o País?

11. As inverdades dos pormenores da «licenciatura» de Sócrates e as das suas declarações e habilitações académicas e profissionais imprecisas durante anos, recentemente emendadas, foram pasto da comunicação social durante uns tempos, e deixaram um sabor amargo aos portugueses.

12. A perspicácia e vocação para a investigação do blog «Do Portugal Profundo» que trouxe a público as confusões acerca das habilitações de Sócrates, tendo este processado criminalmente aquele, em vez de deixar esquecer o caso que o compromete, faz lembrar que quanto mais se mexe na porcaria pior ela cheira. A sossego, por vezes á o melhor remédio.

13. O professor de filosofia, Artur Silva morreu ao serviço aos 60 anos com mais de 30 de serviço, com cancro na traqueia, tendo ficado mudo após operação e a CGD não lhe dera a reforma, tendo uma junta médica, que o não convocou, o considerado apto. Um mudo a dar aulas de filosofia é uma inovação muito simplex.

14. A professora Manuela Estanqueiro morreu em Maio com leucemia, em serviço, por a CGD lhe ter recusado a reforma. A dificuldade em se mover, transportar os livros e comer resolvia-se com a caridade de colegas e alunos. Uma posição de prestígio para uma instituição que tem uma servidora tão dedicada!

15. Mário Lino, em visita oficial a Espanha, esqueceu-se de separar o seu caso pessoal das funções de ministro e ousou dizer que é iberista. Não havia melhor local nem momento para o dizer! Temos que respeitar um ministro porque é um representante de Portugal, pelo que ou Portugal é iberista ou está mal representado.

16. O deputado Víctor Baptista disse que «ganhámos as eleições para nomear pessoas» e que as substituições «são normais tendo em vista os resultados eleitorais». E nós a pensarmos que as eleições serviam para escolher quem governasse o País e zelasse pelas melhores condições de vida dos cidadãos e escolhesse os portugueses mais capazes para a estrutura da função pública. Afinal a capacidade está exclusivamente no clã oligárquico!

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro João Soares... efectivamente são casos tristes, que devem incluir uma reflexão profunda por parte de quem exerce o poder.

Por outro lado temos pessoas que confundem liberdade com libertinagem, o que também não pode ser, pois não?

Convido-o a ler o meu post de hoje- Liberdade ou libertinagem?

abraço
MR

A. João Soares disse...

Caro Mário Relvas, Vi o seu post no Aromas e deixei um comentário, do género: Temos que condenar a libertinagem, do tipo insulto e calúnia. Isso não pode ser dito nem escrito gratuitamente, devendo os seus autores ser responsabilizados pelos termos menos civilizados e urbanos, chamados a justificar as suas posições e ser sancionados. O próprio uso e abuso de palavrões não me parece muito construtivo para debater ideias.
Segundo a secretária de Estado da Saúde nós temos liberdade para dizer mal do Governo quando ninguém ouvir !!! Repare no texto que se segue:
Carmen Pignatelli afirmou que "vivemos num país em que as pessoas são livres de dizer aquilo que pensam". Depois corrigiu: "... desde que seja nos locais apropriados". "Eu sou secretária de Estado, aqui nunca poderia dizer mal do Governo. Aqui. Mas posso dizer na minha casa, na esquina, no café. Tem é de haver alguma sensibilidade social..."

Com este conceito de liberdade e os exemplos repressivos que têm ocorrido, a juntar aos termos «jocosos» de alguns ministros, não se pode ir longe na redução da libertinagem. Eles deixam de merecer respeito. Respeito à cadeira, ao título da função que desempenham é diferente de respeitar o homem que se senta na cadeira e que não evidencia qualidade suficiente para merecer o nosso respeito.
Há ocupantes de importantes cadeiras na hierarquia do Estado a quem eu não compraria um carro usado. Isto diz muito.
Nos meus escritos tenho a preocupação de deixar um aspecto construtivo, sugerindo pistas para uma melhor performance, um maior respeito por valores e princípios que não devem ser esquecidos. A falta de respeito é muitas vezes originada por comportamentos que não o merecem, e quem o desmerece, abusa a seguir do poder que não lhe foi conferido. Ser governante é assumir para com o povo o imperativo de trabalhar para lhe melhorar as condições de vida. Em democracia não se é eleito para nomear amigalhaços para os cargos melhor remunerados, como disse o Sr. deputado Vítor Baptista «Ganhámos as eleições para nomear pessoas» e as substituições «são normais, tendo em conta os resultados eleitorais».
Estas palavras não são adequadas a uma democracia, por um indivíduo em quem o povo reconheceu valor para «o nomear seu representante.
Um abraço